A região nordeste brasileira é extraordinariamente rica em vestígios arqueológicos, que servem de testemunhos de atividades humanas. Vestígios arqueológicos constituem fragmentos materiais de atividades humanas, de épocas pretéritas. Os mais comumente descritos são os líticos (objetos lascados e polidos, de pedra), os sambaquis (ossos, dentes e restos alimentares), as cerâmicas (objetos em argila) e a arte rupestre (pinturas e gravuras sobre suportes rochosos).
No extremo Oeste do município de Campo Formoso há inúmeros registros de pinturas rupestres, em especial na região de Lages, num local denominado Mata Roçada. É uma área de clima semi-árido onde grande parte do ano é caracterizada pela falta de chuva, ocorre uma estação chuvosa no fim do ano (contando com apenas 03 meses chuvosos), as chamadas “chuvas de trovoadas”. A região é drenada pela Bacia do Rio Salitre, um dos afluentes do São Francisco.
É dominada por maciços, serras e planícies fluviais. A vegetação dominante é a caatinga apresentando-se muito diversificada e caracterizada pelo alto grau de endemismo das espécies presentes, há também extensos tabuleiros com árvores de grande porte, ambos situados entre a Serra do São Francisco, Serra Escurial, Serra do Mulato e Rio Salitre. Pesquisas revelam a existência de espécies desconhecidas, importantes exemplares da fauna brasileira e de animais ameaçados de extinção.
Os locais onde ocorre o maior índice de pinturas rupestres são em sua maior parte de difícil acesso, há, portanto, poucas estradas (nenhuma pavimentada). Desde 2002 a região tem sido foco de estudos científicos para criação do que seria o Parque Boqueirão a Onça, no entanto, os estudos atuais não apontam mais para um grande parque. Os trabalhos prevêem a criação de um mosaico de unidades de conservação com uma área como monumento natural, outra como área de proteção ambiental (APA) e um pedaço para o parque nacional.
REFERÊNCIAS
http://comitecaatingape.blogspot.com/2011/07/boqueirao-da-onca-o-parque-que-virou.html.
http://www.scielo.br/pdf/qn/v34n2/02.pdf
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