terça-feira, 13 de março de 2012

PINTURAS RUPESTRES EM CAMPO FORMOSO






Fotos cedidas por Juvaldino Nascimento Silva

A região nordeste brasileira é extraordinariamente rica em ves­tígios arqueológicos, que servem de testemunhos de atividades humanas. Vestígios arqueológicos constituem fragmentos materiais de ati­vidades humanas, de épocas pretéritas. Os mais comumente descritos são os líticos (objetos lascados e polidos, de pedra), os sambaquis (ossos, dentes e restos alimentares), as cerâmicas (objetos em argi­la) e a arte rupestre (pinturas e gravuras sobre suportes rochosos).

No extremo Oeste do município de Campo Formoso há inúmeros registros de pinturas rupestres, em especial na região de Lages, num local denominado Mata Roçada. É uma área de clima semi-árido onde grande parte do ano é caracterizada pela falta de chuva, ocorre uma estação chuvosa no fim do ano (contando com apenas 03 meses chuvosos), as chamadas “chuvas de trovoadas”. A região é drenada pela Bacia do Rio Salitre, um dos afluentes do São Francisco.

É dominada por maciços, serras e planícies fluviais. A vegetação dominante é a caatinga apresentando-se muito diversificada e caracterizada pelo alto grau de endemismo das espécies presentes, há também extensos tabuleiros com árvores de grande porte, ambos situados entre a Serra do São Francisco, Serra Escurial, Serra do Mulato e Rio Salitre. Pesquisas revelam a existência de espécies desconhecidas, importantes exemplares da fauna brasileira e de animais ameaçados de extinção.

Os locais onde ocorre o maior índice de pinturas rupestres são em sua maior parte de difícil acesso, há, portanto, poucas estradas (nenhuma pavimentada). Desde 2002 a região tem sido foco de estudos científicos para criação do que seria o Parque Boqueirão a Onça, no entanto, os estudos atuais não apontam mais para um grande parque. Os trabalhos prevêem a criação de um mosaico de unidades de conservação com uma área como monumento natural, outra como área de proteção ambiental (APA) e um pedaço para o parque nacional.

REFERÊNCIAS

http://comitecaatingape.blogspot.com/2011/07/boqueirao-da-onca-o-parque-que-virou.html.

http://www.scielo.br/pdf/qn/v34n2/02.pdf

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