Sustentabilidade está relacionada à
estabilidade, permanência no tempo, durabilidade. O termo foi sugerido no início dos anos 70, em
estudos de cunho ecológico (sustentabilidade biológica), que focalizavam a
interdependência entre uma população e os recursos de seu ambiente. A expressão
desenvolvimento sustentável tem suas raízes na Conferência das Nações Unidas, Sobre o Ambiente Humano (CNUAH),
realizada na cidade de Estocolmo, Suécia em 1972, esta relacionada com a
necessidade de proteção dos recursos naturais, quando se questionava a escassez
dos mesmos (VALE, 2005).
Na mesma época, o relatório Limites do Crescimento
Econômico, publicado pelo Clube de Roma, mostrava que o crescimento ilimitado
era prejudicial, prevendo que se chegaria aos limites do desenvolvimento global
nos cem anos seguinte, se não mudassem as tendências socioeconômicas da
população mundial. Passados quinze anos, o termo se materializou em um documento
elaborado pela Comissão Mundial sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) intitulado Nosso Futuro Comum ou
relatório Brundtland, que definiu desenvolvimento sustentável como
sendo aquele “que atende às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade das gerações futuras de atenderem a suas próprias necessidades” (FILHO, 2000).
O relatório Brundtland define
desenvolvimento sustentável a partir de dois conceitos chaves: o conceito das
“necessidades” voltado para a garantia de sobrevivência dos pobres. O segundo
está relacionado ao crescimento tecnológico e a organização social construída
sobre as bases capitalistas. Aponta objetivos para viabilizar a construção do
desenvolvimento sustentável, tais como: alterara a qualidade do
desenvolvimento; retomar o crescimento; atender as necessidades essenciais de
emprego, alimentação, energia, água potável e saneamento das populações; manter
um nível populacional sustentável; conservar e melhorar a base dos recursos
naturais; reorientar a tecnologia e administrar riscos; e, incluir o meio
ambiente no processo de tomada de decisões (VALE, 2005). Scheidner (2010)
afirma que: “Para que haja um desenvolvimento sustentável é preciso que todos
tenham atendidas suas necessidades básicas e lhes sejam proporcionadas
oportunidades de concretizar suas aspirações para uma vida melhor”.
Nos anos 80 a expressão foi associada ao desenvolvimento
e meio ambiente, no processo de preparação da Conferência da ONU que ocorreu no
Rio de Janeiro em 1992. O conceito foi amplamente utilizado pela no relatório
que a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento apresentou à ONU,
sob o nome de Nosso Futuro Comum. O conceito tem tido sua abrangência cada vez
mais ampliada, tem sido associado às dimensões econômica, ambiental e social,
vistas como indissociáveis. O adjetivo sustentável tem sido aplicado ao
transporte, consumo, turismo sustentável no sentido de qualificar qualquer
objeto de política pública, prática social ou empreendimento que esteja de
acordo com princípios de sustentabilidade. Desenvolvimento sustentável está
relacionado a processos que possam anunciar uma transição desta para uma nova
sociedade, a qual participa nas decisões e no processo de controle ambiental (CHIESA, 2010).
REFERÊNCIAS
CHIESA, Maria Aparecida dos
Santos. Gestão ambiental: entraves e perspectivas para a municipalização no
estado do Espírito Santo. Disponível em: http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&source=hp&q=gEST%C3%83O+AMBIENTAL%3A+ENTRAVES+E+PERSPECTIVAS+PARA+A+MUNICIPALIZA%C3%87%C3%83O+DO+ESTADO+DO+ESPIRITO+SANTO&aq=o&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=
Acesso em 14 de julho de 2010.
FILHO, José
Carlos Lázaro da Silva. Gestão Ambiental
Municipal: O caso da Prefeitura de Porto Alegre. Porto Alegre, 2000.
SCHNEIDER, Evania. Gestão
ambiental municipal. Preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Acesso em 13 de julho de 2010. Disponível em:
VALE,
Marcelo Fabiane Silva do. Educação
ambiental associada ao ecoturismo como instrumento para o desenvolvimento
sustentável, Serra da Jacobina – BA, 2005.
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